PIRATARIA GOSPEL - É PECADO COMPRAR CD PIRATA?
*J. DIAS
A gravação de um CD ou DVD, envolve uma grande equipe de pessoas e,
ninguém trabalha de graça. São produtores, arranjadores, músicos, compositores, autores, intérpretes e aluguel de estúdio. O investimento é alto.
Todo este pessoal, se dedica para que o trabalho saia com qualidade. Parte deste pessoal só passa a receber dinheiro com a venda do CD ou DVD. Se não houver venda eles ficam com o prejuízo dos recursos investidos na gravação. Isto tem um preço para nós que vamos adquirir o produto final.
Todo este pessoal, se dedica para que o trabalho saia com qualidade. Parte deste pessoal só passa a receber dinheiro com a venda do CD ou DVD. Se não houver venda eles ficam com o prejuízo dos recursos investidos na gravação. Isto tem um preço para nós que vamos adquirir o produto final.
Para os “pirateadores”, pessoas que vivem de roubar o trabalho de quem
se dedicou, não existe muito investimento. Gastam pouco comprando material de
quinta categoria para copiar os CDs e DVDs originais, e pagando propina para
que agentes públicos corruptos, façam "vista-grossa" ao seu ato
criminoso. São verdadeiras quadrilhas que vivem de roubar o direito
autoral dos proprietários das obras copiadas. O crime organizado nesta área tem
conseguido grande sucesso no meio evangélico, já que algumas igrejas não se
preocupam em ensinar aos seus membros que comprar produtos “piratas”, é
incentivar a criminalidade, é dar dinheiro para o tráfico, é roubar os próprios
irmãos que investiram nas obras e foram copiadas por gente sem escrúpulo
O CRIME ESTÁ VENCENDO
O CRIME ESTÁ VENCENDO
A pirataria já responde por mais da metade do mercado fonográfico
nacional. Dados mais recentes apontam que mais da metade das vendas de música
hoje, estão na faixa da “procedência ilegal ou duvidosa”, denominação que
abrange desde a comercialização de CDs e DVDs produzidos ilegalmente ou
compartilhamento de arquivos digitais de música na internet. A indústria da
clandestinidade surpreende pelo tamanho, capitalização e capacidade de
produção. Antes mesmo do lançamento oficial pelas gravadoras, é possível
encontrar cópias inéditas –e fajutas – de álbuns em barquinhas de camelôs ou
centros de comércio popular. Nessa equação criminosa perdem artistas,
distribuidores, produtores, técnicos, comerciantes e consumidores que levam
para casa produtos de qualidade inferior, que duram pouco e podem causar danos
a equipamentos de reprodução. Isso sem falar nos prejuízos aos cofres públicos,
na forma de impostos que nunca chegam. Só quem ganha com este tipo de comércio
são os criminosos envolvidos com a prática da pirataria. São verdadeiras
quadrilhas, que não tem o menor escrúpulo e contam com a participação de grande
parte da população, inclusive os evangélicos, que compram seus produtos, mesmo
sabendo que estão cometendo uma ilegalidade.
Assim como outras demandas da modernidade, como as pesquisas com
células-tronco embrionárias, a união civil de homossexuais e a liberação do
aborto, a utilização de produtos artísticos ilegais é uma realidade que desafia
a igreja à tomada de posições. No segmento evangélico, a bancarrota de
gravadoras que floresceram nos anos 80 e 90 é a demonstração mais clara de que
a pirataria chegou com toda força nos arraiais cristãos. O pastor e músico
Lauro Mansur, da Igreja Assembléia de Deus de Itaquera, em São Paulo,
preocupa-se com o testemunho que os evangélicos dão quando adquirem produtos e
músicas ilegais: “Como uma pessoa pode amar ao próximo e prejudicar ao seu
irmão? Quando se consome música pirata, esse dinheiro não vai para o autor, o
interprete ou o músico, mas sim para o bolso de pessoas que vivem no crime”;
protesta. Mansur diz que crime na lei dos homens é pecado contra Deus. “Creio
que o exemplo deve vir dos pastores e dos grandes nomes que são referencia no
mercado evangélico. É vergonhoso o povo evangélico fazer parte do contingente
de pessoas que consomem produtos ilegais, seja comprando CD pirata ou baixando
músicas na Internet”, aponta.
Nas gravadoras e estúdios brasileiros, o prejuízo causado pela
ilegalidade é de difícil reparação. “Grandes gravadoras já quebraram e agora
estamos vendo isso acontecer com as menores”, lamenta Felipe Mantorval, dono do
estúdio Giornaletto, de São Paulo. “Com a pirataria, o artista está cada vez
investindo menos em suas obras e mais nos shows.” Segundo ele os CDs estão se
tornando apenas mais um meio de divulgação, já que as chances de retorno
financeiro com as vendas estão sendo totalmente arruinadas por conta da
pirataria. O cantor, arranjador e empresário Luciano Claw, faz coro: “O
problema está ficando cada vez mais sério, já vem afetando as gravadoras há algum
tempo e agora prejudica até os cantores independentes, que é o meu caso.”.
“A situação realmente é preocupante, pela falta de esclarecimento das
pessoas, sejam evangélicas ou não”, aponta, por sua vez, o juiz Marco Antonio
Lemos, membro da Igreja Batista da Barra do Rio. Ele tem julgado casos que
envolvem a prática de crimes virtuais e pirataria comercial. “O que configura o
crime não é a forma como se obtém o produto, o problema é a violação dos
direitos autorais. Se você compra um filme pela internet e este lhe é entregue
através de download no próprio site, não há crime”. No entender do magistrado,
os delitos sobre a propriedade intelectual estão evoluindo significativamente.
“Creio que nas igrejas deve haver um maior esclarecimento e incentivo por parte
dos pastores, não apoiando tal prática”, defende. “E os que insistem em
continuar no erro devem ser denunciados a polícia”. Lemos explica que a pena,
que vai de dois a quatro anos de detenção deve ser aplicada a quem produz,
compra, transmite ou distribui material ilegal.
Se a repressão ao comércio irregular já é praticamente impossível, que
dizer então do controle sobre o mundo virtual? Segundo o advogado e professor
universitário Antonio Morato, a web é como um grande Estado sem fronteira
definidas, o que dificulta a fiscalização. “As leis existentes, que não são
poucas, unem sanções tradicionais como prisão e multa à necessidade de avanço
tecnológico para coibir o download ilegal”, comenta. “No Brasil, temos
intermináveis discussões no Congresso Nacional a fim de adotar regras para a
internet no âmbito civil, penal e autoral.” Além de defender a conscientização
permanente do público, o especialista acredita na eficácia das barreiras
tecnológicas, por meio do aperfeiçoamento constante de programas de computador
que impeçam cópias piratas.
No lado mais fraco da corda, os artistas tentam de tudo para enfrentar o
problema que ameaça não só sua lucratividade, como as próprias carreiras. O rapper gospel DJ Alpiste já se cansou de
ver sites disponibilizando downloads de seus CDs, comenta: “Há alguns anos, o
mercado não vai bem devido à pirataria. Comecei a estudar o assunto a fundo e
me surpreendi com a dura realidade de que essa é a prática criminosa mais usada
na internet”, afirma. O artista protesta contra a permissividade do segmento
evangélico com a pirataria virtual: “Esse sites muitas vezes são
disponibilizados por igrejas, o que é algo inadmissível”. Alpiste agora está
capitaneando a campanha “Sou Legal: Não baixo músicas na internet”, cuja
proposta é chamar a atenção para o problema e propor soluções. “Queremos a
regulamentação, queremos que a lei se cumpra e que exista uma maior
fiscalização por parte dos órgãos públicos junto a esses sites que
disponibilizam o download pirata”, reivindica.
CONCLUSÃO
Aqueles que se justificam argumentando que o preço de CDs e DVDs é
proibitivo para os mais pobres, o pastor e maestro Rodney Moraes, da Igreja
Vida Nova de Porto Alegre (RS) dá o recado: “O inimigo veio para roubar, matar
e destruir, e é isso que está acontecendo no mercado da música gospel”. No seu
entender, quem faz uso da indústria irregular está defraudando e roubando
aqueles que estão publicando livros e música, para divulgar a Palavra de Deus
ao mundo. “Se as pessoas acham que CD legal é caro, devem por sua fé em
ação, pedindo a Deus melhores condições de vida para que possam adquirir as
coisas de forma honesta, como um verdadeiro filho do Rei”, aconselha. “Para o
crente, o fim não pode justificar os meios”.
Comprar produtos piratas, sem dúvida alguma é roubo, é crime contra o
patrimônio alheio. Se você acha que é barato CD ou DVD pirata, saiba que carro
roubado também é barato e, não existe diferença neste tipo de ato, tudo é receptação, tudo é cooperação com o crime
organizado.
Sejamos vigilantes, nós devemos ser exemplo para o mundo, nunca imitar-mos o mundo. Meus irmãos, vamos deixar de alimentar o crime organizado, deixar de entregar nosso dinheiro à quadrilhas, afinal nosso dinheiro é benção de Deus e não devemos usar as bencãos de nosso Pai celestial para gastar com criminosos. Cada vez que você compra um CD ou DVD pirata, está dizendo aos marginais que o crime compensa e deixando triste o coração de Deus.
Sejamos vigilantes, nós devemos ser exemplo para o mundo, nunca imitar-mos o mundo. Meus irmãos, vamos deixar de alimentar o crime organizado, deixar de entregar nosso dinheiro à quadrilhas, afinal nosso dinheiro é benção de Deus e não devemos usar as bencãos de nosso Pai celestial para gastar com criminosos. Cada vez que você compra um CD ou DVD pirata, está dizendo aos marginais que o crime compensa e deixando triste o coração de Deus.
Não tenha dúvidas de que este tipo de compra é pecado. Deve ser ensinado
nas igrejas que servos de Deus não podem comprar produtos ilegais.
J. DIAS
Fonte: Revista Eclésia
www.santovivo.net
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